Recentemente eu pude riscar mais um item da lista de 101 em 1001 dias, visitando a Escola nacional Florestan Fernandes, ou como é mais conhecida: "A escola do MST". Acredito que todo educador um dia já teve curiosidade de conhecer a proposta de uma escola tão diferente, promovida por um movimento social tão polêmico, por isso quando surgiu a oportunidade de ir com alguns colegas do curso, não hesitei.
A escola é um espaço lindo, tanto na sua arquitetura, quanto na sua organização do espaço, com muito verde e claro, plantações. A proposta é uma arquitetura bastante contemporânea, que mescla elementos da natureza com tecnologia, culminando em espaços bem iluminados com luz natural, com acústica muito boa (sem necessitar de microfone) e muita madeira, o que torna o espaço bastante fresco, até mesmo em dias mais quentes. Nas paredes dos espaços é possível encontrar muitas pinturas e artes manuais (como o quadro abaixo, feito de grãos), cheias de simbolismos da tradição socialista que o movimento traz em todo seu histórico.
Em termos de proposta pedagógica, a escola é bastante interessante. Com alunos de muitas partes do mundo, todos que estudam ao mesmo tempo trabalham e tem uma rotina de cuidado do espaço, o que faz com que tudo que necessita ser feito, desde a comida, a plantação, a limpeza e até mesmo construção e reforma dos espaços é feito por alunos e colaboradores. É um espaço bastante comunitário, o que não nega a natureza do movimento que a gerou. Além disso, a biblioteca com certeza é um ponto a parte, pois além de extremamente agradável, possui muito material de pesquisa sobre o próprio movimento.
A maior parte da comida servida no refeitório é produzida localmente e o sabor é bastante característico de uma plantação orgânica, bem saboroso e nutritivo.
O que eu tenho a dizer sobre esse dia é que ele foi muito mais gostoso do que jamais poderia imaginar. Estar envolto por um senso comunitário é uma experiência que somente quem já vivenciou pode me entender. Obviamente que sempre cabe alguma crítica, nada é perfeito. Mas independente das minhas críticas ao movimento, tenho que admitir que a escola é muito mais do que eu imaginava e quem dera o Brasil pudesse ter mais experimentos tão inovadores como esse, com certeza estaríamos em uma situação bastante diferente hoje.
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